O Grande!

O pai pergunta: "Filho, queres mais manos?"

Ele aponta para o irmão e responde: "Não, só éti (este)!"

Um buraco, por favor!

No verão passado acompanhei o meu filhote e o pai ao barbeiro.

O R. normalmente fica ao colo do pai enquanto lhe cortam o cabelo e porta-se lindamente.

Naquele dia e para me assegurar que não mexia a cabecinha, fiquei por perto, enquanto o o sr. cortava e ia falando com ele...

Sr.: Sabes R., estou à espera de um Francisco!

Eu: Francisco?! Que giro, nasce quando?

Sr.: Não, não, não...Francisco é o menino que deve chegar a seguir, para cortar o cabelo!

Eu: Ahhh!....

O entusiasmo depressa se transformou em vergonha, só me apeteceu mesmo, procurar um buraquinho, aliás um buracão pois a minha barriga já estava enorme!

A culpa claro, foi das hormonas!

40 mãos!

Deviam ser 40, as pequenas mãozinhas que hoje puxavam a cadeirinha do Henrique ao mesmo tempo que lhe afagavam a carinha, as mãos, os pés...20 meninos que não se contentavam em utilizar apenas uma mãozinha e entraram com as duas em acção!

Surgiu na sala do Rodrigo a célebre questão: "Como nascem os bebés?" e hoje quando chegamos, a educadora acabara de elucidar a questão resumidamente, com algum floreado e resolveu apresentar o "produto acabado": "A mãe do Rodrigo vai mostrar o mano bebé que saiu à pouco tempo da barriguinha!" e o resto já vocês sabem! Resta acrescentar que estas cenas se protagonizaram nos primeiros dias que o Henrique acompanhou o mano ao colégio e actualmente eram quase nulas, pois o bebé foi deixando de ser novidade.

Eu...bem eu, transpirava por todos os poros enquanto me tentava equilibrar com a cadeira e devia estar mais vermelha que um "tomate saloio"!

O Rodrigo, tentava a todo o custo livrar o irmão de cena, cobrindo a cadeirinha com a fralda de pano!

O Henrique, deve ter achado o máximo, pois fartou-se de distribuir sorrisos. Vive bem com o protagonismo, este meu filho!

A Primeira Gravidez

Depois de um ano de casamento, decidimos que não fazia sentido adiar mais a nossa vontade de ser pais...

A meio do primeiro mês de "treinos" comecei com uns sintomas estranhos, algumas vertigens, umas ligeiras náuseas quando me deitava...

Quando o ciclo chegou ao fim, durante o dia e cada vez que falavamos ao telefone, a pergunta era sempre a mesma: "Então, temos novidades?!".

No final de um dia de trabalho, quando estava com dois dias de falta, não resisti, fui até à farmácia para fazer um teste de gravidez. Nos minutos em que esperei pelo resultado parecia que o meu coração ia sair disparado pela boca...Até que o farmacêutico chegou e perguntou: "já tem bebés?" e eu respondi: "Não, porquê vou ter?", a resposta foi: "Tudo indica que sim, o resultado é positivo e não existem falsos positivos!".

Fiquei tão, tão feliz que só me apetecia gritar: "Vou ter um bebé, vou ter um filho!" Era o concretizar daquilo que eu mais desejava na vida!

Não podia dar a notícia ao futuro pai de qualquer maneira. Comprei umas botinhas para recém-nascido e junto coloquei o teste de gravidez, que entreguei assim que cheguei a casa.

Na primeira ecografia às 7 semanas, ainda não se via embrião, apenas o saco vitelino. O médico alertou para a possibilidade de a gravidez não ser evolutiva e sugeriu que repetisse a eco daí a 2 semanas...Senti o chão fugir debaixo dos meus pés...Queria agarrar com toda a força a esperança de estar com menos tempo de gravidez mas no fundo, sabia que o desfecho não seria o que desejava.

Às 8 semanas comecei a perder algum sangue, fomos até às urgências de obstetrícia do hospital. Na sala de espera, lembro-me de ver algumas barriguinhas grandes, lindas, redondas, enquanto a esperança da minha se tornar assim daí a algum tempo se perdia...Quando a médica me observou e fez a eco, confirmou o que mais temia. Disse tudo da forma mais mecânica possível, sem olhar nos olhos, desvalorizando tudo o que pudesse estar a sentir naquele momento...E naquele momento, senti que o meu mundo desabava.

Durante 4 semanas tinha acalentado um sonho e dirigia tudo o que existe de mais puro para esse sonho, amor, esperança...E de repente, tudo acabava, sem que eu pudesse fazer algo para impedir...O calor do cor de rosa e azul bebé das últimas semanas, dava lugar ao frio do negro e cinzento, apesar de estarmos na altura de Natal.

Apetecia-me abraçar alguém e chorar até a dor desaparecer, mas nunca o fiz...No dia a seguir fui trabalhar, ninguém sabia sequer que estava grávida, menos ainda que acabara de perder um bebé. Cara lavada, ria quando me apetecia chorar, e tentava enganar-me a mim mesma.

A nível físico o processo foi simples, o meu organismo expulsou naturalmente, mas durante 3 semanas o sangue que perdia tornava mais viva a dor do meu coração...

As poucas pessoas que sabiam, desvalorizavam. "24 anos?! Ainda és nova, não tarda, logo tens um bebé!". E no fundo eu, pensava que nunca seria capaz de ter o meu bebé...

Os 3 meses de espera até voltar a tentar foram amargos e vazios, mas felizmente ao final de 4 meses o meu Sol voltou a brilhar!

Hoje, acredito que aquele bebé não se perdeu, apenas nasceu mais tarde! Hoje, e passado 4 anos a ferida cicatrizou, se não por completo, quase!

Diversidade Musical!

O nosso bebé grande, que é mais menino que bebé, alterna o assistir aos filmes do Noddy, com o canal Panda e um outro canal da TV por cabo, a MCM.

Os seus olhos que já são grandes, ficam maiores aindas quando passam vídeo clips como "Pinocchio en Hiver" e outros dos Kalinka, "Hung up" da Madonna, "La camisa negra" dos Juanes e outros tantos!

Queria...

...Escrever um post sobre os gostos musicais do meu bebé grande, mas... O bebé pequeno acabou de adormecer ao meu colo e está a saber tão bem tê-lo assim nos meus braços e ficar simplesmente a apreciar este meu tesouro que o post fica para amanhã!

Quero!

- Amamentar o Henrique , pelo menos, até este fazer 1 ano;

- Quando regressar ao trabalho, utilizar realmente a isenção de horário de 2 horas;

- Encontrar entretanto, uma oportunidade profissional que me permita ter mais tempo para nós e os nossos filhos e aumentar assim a nossa qualidade de vida;

- Conhecer a diferença entre estar grávida a meio dos 20, no final dos 20 e no início dos 30... Adorava voltar a ser mãe, lá para os 32 anos.


Hoje deu-me para isto... Acho que estou a ficar um pouco obcecada com a questão do "tempo para a família", e tenho delineado várias estratégias para o futuro, mesmo no que concerne à gestão doméstica. O distanciamento das situações, permite que as vejamos com outro poder de análise e NÃO QUERO, continuar a sair de manhãzinha cedo a correr para deixar duas crianças no infantário e voltar a correr para eles e mesmo assim nunca conseguir chegar antes das 19 h!

E ter, pelo menos, 3 filhos é o meu sonho!

Os meninos estão bem. O Henrique, levou hoje duas picas, prevenar e meningitec e o Rodrigo tem feito birra todos os dias para ficar no colégio, mas depois fica óptimo...

Gazeta!

Depois da virose, o Rodrigo tem ficado comigo em casa!

Já está recuperado à mais de 3 dias, mas todas as manhãs me diz: "Eu quero ficar com a mina mãe!" e eu não sou capaz de o ir deixar no colégio.

Tem passado os dias a ver o canal Panda (viva! Já estava farta do Noddy), a brincar no soti (sotão, que é onde estão todos os brinquedos), a andar de bicicleta no quintal e...Ainda não se fartou!

Passo os dias entre, dar de mamar, mudar a fralda e adormecer o mais novo e preparar almoço, lanche, jantar, brincar, aturar algumas birrinhas e apanhar os brinquedos do mais velho e ainda "orientar" a casa!

Para mim é cansativo, mas tão cedo não vou voltar a ter oportunidade de lhe satisfazer esta vontade sempre que ele me pedir...

P.S. - E ainda consigo assistir ao show da Oprha, actualizar o blog e dar um passeio pelos vossos, nada mau!

Nunca Pensei...

...que me pudesse apaixonar por um careca!

A primeira vez foi à 3 anos, depois o careca começou a ganhar cabelo, a ganhar cabelo, até que resolvi encomendar outro...outro, bebé careca!

E estou apaixonadíssima!

Eles (Parte II)!

O Grande:

Independentemente da hora do dia ou da noite, cumprimenta o mano com: " Olá, bum dia!"

Tem lugar marcado no sofá, a ponta do lado direito! Pode ter acabado de chegar a casa, se alguém estiver "no lugar dele", ele diz: "Eu taba aí!"

O irmão está a utilizar o berço que lhe pertenceu, no outro dia aproximou-se do berço e perguntou: "Mano góta da mina cama, góta?". Também já lhe perguntou: "Mano, góta da mina casa, góta?!"

O Pequeno:

Fica "vidrado" no móbil, com a música e os bonecos.

Faz uma cara muito compenetrada e já agarra os bonecos e as bolas do ginásio.

Faz autênticas acrobacias para conseguir olhar para o irmão enquanto mama.

A Festa!

Agora que as "coisas" estão mais calmas...

A festa do meu "pimpolho mor", foi no Domingo e foi bastante divertida! Melhor, só se não tivessemos algumas ausências, uma motivada por uma varicela e outra por uma bronqueolite...

O pimpolho andou a cavalo (que mais parecia um burro), correu e saltou com 7 primos e 2 amigos na caça ao tesouro, ganharam todos uma pintura facial, e divertiram-se a valer!

No final, os parabéns cantados e um bolo do Noddy, (como não podia deixar de ser), que ele mesmo escolheu!

Para quem reside próximo da verdizela e passo a publicidade, recomendo vivamente o clube da tia Margarida na quinta de S. Jorge!

Quando eles...

...estão doentes, eu fico:

- Com o coração apertado;
- Dói-me o peito de tanta ansiedade;
- Não consigo ter a noção de: "amanhã é outro dia!" e não consigo pensar em coisas boas;
- O meu característico mau feitio, agrava-se;
- Não tenho vontade para nada;
- A paciência foge não sei para onde, juntamente com o apetite...

Resumindo, acho que também fico doente! Aí a minha vida!.........

Logo eu, que até me considero uma pessoa optimista, positiva....Alguém me dá / vende / aluga, um pouquinho de descontração?!

Bom, mas o importante é que estão os dois bem melhor! Hoje o pequeno já não precisou de cinesiterapia respiratória, o grande nunca mais vomitou e a febre também desapareceu...Só espero que tudo continue neste rumo!

Basta!

A ligeira farfalheira que o H. apresentava a semana passada rapidamente se transformou em algo mais forte - uma broqueolite!...

Fiquei com o coração apertadinho, até porque os comentários dos médicos e enfermeiros eram: "Ele ainda é tão pequenino!...."; "Muitas das bronqueolites nestas idades precisam internamento!..."; "É provável que piore, mesmo a fazer medicação!"....

Graça a Deus, ele não piorou, não precisou de internamento. Ainda não está 100%, mas quase!

Amanhã volta à clínica para ser auscultado e ver se ainda precisa de ginástica respiratória. Espero que não, a ginástica em sí não é má, pior é quando o têm de aspirar...Chora com lágrimas, fica roxo, vem para o meu colo tão cansadinho que já nem chora!....

Nesta idade o Rodrigo nunca esteve doente. Como disse a médica: "É a cruz dos mais novos...Os mais velhos trazem os bicharocos todos para casa!"

Esta noite....O Rodrigo fartou-se de vomitar e queixava-se da barriga...Acordou com uma pontinha de febre, mas ainda não vomitou! Vamos ao pediatra ao final da tarde...

Acho que à cerca de 1 mês que não consigo dizer que está tudo saudável cá em casa! Se não é o pai, é o filho grande, se não é o grande é o pequenino, se não é o pequenino é mãe!......

Bicharada, (vírus, bactérias, etc...) deixem, pelo menos, as nossas crianças!

Eles!

O Grande, acabado de completar 3 anos:

É reservado com pessoas que não conhece, fica a "estudar" o contexto e só depois se começa a integrar. Com quem conhece, é alegre e descarado, fala pelos cotovelos, grita, corre...

Come muito bem em casa, mas o mesmo não acontece, quando comemos fora. Adora ovas de pescada cozidas, douradinhos, salsichas, hamburguers, esparguete, maçã e cenoura crua, leite e iogurtes, gelatina. Detesta legumes cozidos, apesar de os comer na sopa todos os dias, e ovos mexidos.

Dorme sozinho no seu quarto. Sozinho, é como quem diz...Com o peluche do Mickey, do Shreck (é quase maior que ele), um cão (também de peluche), dois livros e uma fralda de pano junto à cara. No fim de semana aparece na nossa cama por volta das 7 da manhã e é rara a noite em que não nos deslocamos ao quarto dele, pelo menos uma vez.

Antes de adormecer e assim que acorda, bebe um biberon de leite. Talvés bebesse perfeitemente pela caneca, mas ainda não experimentei.

Tem uma personalidade forte, mas é muito ternurento.

A última vez que o pesámos (à cerca de 1 mês), estava com 18 kg, certinhos! A roupa para 3 anos só lhe "serve nas orelhas", a de 4 começa a "fugir à polícia" e a de 5 é que lhe fica bem.

Dizem que é parecido com o pai, mas acho que tem muitas expressões minhas.

O Pequeno, com 3 meses e 4 dias:

Parece extrovertido. Não é nada difícil fazê-lo sorrir, é um simpático, bem disposto! Já "dobra" o riso, perante as nossas "palhaçadas". "Fala" imenso, muitos aguuuus, abruuus e outros sons.

Tem uma força incrível, às vezes parece que se vai sentar sozinho. Segura muito bem a cabecinha e faz força nas pernas para se por de pé.

Desde de que tem 1 mês e meio que adormece por volta das 22.30 h e só acorda para mamar por volta das 6.30 h da manhã, um verdadeiro luxo!

Até agora, só bebe do meu leitinho. Adora adormecer a mamar ou só encostado ao meu peito.

Ontem pesava 7.490 kg! Não, não vi mal! Nuzinho em pêlo, 7 kilos 490 gramas! A roupa para 3 meses só lhe "serve nas orelhas", a de 6 meses começa a "fugir à polícia" e a de 9 meses é que lhe fica bem.

Acho que tenho uns filhos tamanho XXL!

Dizem que é a minha cara e muito parecido com o irmão e eu... Tambem acho!

Eles adoram-se! O pequenino, vibra com o maior e reage imenso. O maior adora dar-lhe beijinhos, pegar ao colo, por creme e dar banho e...Detesta que as outras pessoas lhe toquem, especialmente os seus coleguinhas de infantário.

E eu, olho para eles e ainda penso: "Como fomos capazes de fazer duas coisinhas tão lindas, (lindos neste caso)?!"

Ano Velho / Ano Novo!

No ano passado pelo primeira vez, soube o que é perder alguém que fez parte da nossa vida, que é um bocadinho de nós ou nós dela, soube o que é sentir a falta de quem já não podemos ver.

Por outro lado, revivi a alegria única de gerar um filho e do seu nascimento! Tenho mais uma razão para ter esperança e sorrir todos os dias!

Acompanhei mais um ano do desenvolvimento do meu filhote, lindo, que diariamente nos surpreende com as suas conquistas, com a sua aprendizagem, é um verdadeiro privilégio ser sua mãe!

Usufruimos da nova casa, que veio dar ainda mais conforto e qualidade à nossa vida e à dos nossos filhos!

Conhecemos pessoas maravilhosas e com muitos aspectos e interesses em comum, ou pelo menos, o aspecto mais importante em comum: os filhos!

Tal como para muitas amigas bloguistas, para mim o novo ano não é mais que uma continuação da vida que temos e que vamos construindo, no entanto, é legítimo que esta altura torne mais vivos e mais fortes certos desejos.

O que mais desejo é saúde, principalmente para os filhos.

Paz e amor! (Peace and love....Huuum esta agora?!).

Cimentar, fortalecer as nossas verdadeiras amizades.

Continuar a sonhar, ambicionar, ter força e vontade para alcançar sempre os nossos sonhos!

E...talvés, um novo emprego, quem sabe mais próximo de casa, ganhando o mesmo ou mais, mas que me permita, sair mais tarde de casa, ou pelo menos não ter de andar a correr de manhã, chegar mais cedo a casa, ter mais tempo para os meus filhos, para o meu marido, para nós os dois, nós os quatro e só para mim...Caramba, não parece, mas isto também é ambição!

Para todos os que nos visitam (poucas, mas boas!), desejo que este ano traga a concretização de tudo o que desejam!