Filhos e Companhia

O presente, um pedacinho do passado, os sonhos e desejos do futuro de uma família em crescimento...

2/26/2007

Quase 17 meses

E ainda o sinto um bebé, o meu bebé. Lembro-me que quando o Rodrigo tinha esta idade, eu já sentia muitas saudades de estar grávida, de o ver bebé, parece que o sentia mais “crescido” do que sinto agora o Henrique. Às vezes penso se isto não é um pouco influenciado pelas hormonas, ou seja, se não terá algo a ver com o facto do Henrique ainda mamar. Não sei. Sei que adoro estar grávida, que me sinto com uma disposição fantástica quando estou nesse estado, que me sinto em verdadeiro estado de graça, que adoro recém-nascidos, perco-me só a olhar para eles, a sensação de os ter no meu colo, o cheirinho doce, tudo. Acima de tudo adoro ser mãe e por isso gostava tanto de ter mais filhos, mas não sinto urgência.


Mas, de facto, está crescido o meu filhote e a sensação de ouvir as primeiras palavras é única:

Mamã, mã ou mãeiiii – Para me chamar;

Papá – Para chamar o pai;

Mãeiiii – Para chamar o irmão (?!);

– Avó /Avô;

Uão – Cão; (Semanas atrás fomos à quinta pedagógica dos Olivais e ele chamava Uão a todos os animais);

Babé – Bebé;

– água;

Papa – Comida;

Pé / Pa / Papato/ Patum – Sapato / meia;

Boa – Bola;

Noni – Noddy (É fã, para meu desespero!)



Este fim de semana estivemos com a minha avó paterna. Ela teve 9 filhos. É uma mulher do campo, uma lutadora, trabalhou muito para criar os filhos e agora não consegue abrandar, continua a trabalhar, a cuidar da terra. Tem 20 netos e 14 bisnetos. Ontem estava muito compenetrada a olhar para o Henrique e de repente disse: "Faz-me lembrar tanto o avó. O olhar, as bochechas...". Estava a ver o bebé dela (meu pai), no meu bebé.

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2/22/2007

Ando....

Cansada e sem inspiração…Isto passa.

Precisava de umas férias, por as ideias no lugar, em vez disso tenho um dia-a-dia de trabalho repleto de berbicachos, pequenos nada que roubam o meu tempo e a minha sanidade mental…Qualquer dia estou a postar em directo da Avenida do Brasil.
Nunca mais me sai o euro-milhões…Já me contentava com o 2º prémio.

No meio de tudo isto, o mais velho pede-nos, cada vez com mais insistência, para andar de avião. Nós gostávamos de lhe satisfazer este pedido, até porque queremos fazer uma mini-férias, 3-4 dias longe de tudo, em finais de Abril. Mas e o destino?...Gostavamos de praia e sol, mas por outro lado não queremos sujeitá-los a muitas hora de voo. Pensamos em Palma de Maiorca, mas verificamos que é dispendioso, e nada nos garante sol e possibilidade de praia nesta altura do ano e assim ficamos na mesma…O mais provável é acabar “fora cá dentro”!

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Uma família que cresceu

Esta noite recebi uma notícia que me deixou feliz!...

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2/16/2007

Hoje

Deixei um Cowboy e o Robin Hood na escola.

Ambos desarmados, o Cowboy sem pistola e o Robin Hood sem o arco e as flechas, mas os dois muito inchados e orgulhosos dos seus disfarces, tirando o facto do Robin Hood teimar em arrancar o seu belo chapéu...

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2/14/2007

Dia de São Valentim é...

Acordar com 3 homens na cama, quando só tinha adormecido com um, quase a resvalar do meu palmo de colchão, para o chão (e trocamos recentemente para uma cama tamanho XXL)…

Ouvir e ignorar os muitos lamentos do filho mais velho que não quer aquela camisola…

Vencer a relutância do mais novo em trocar de fralda, (de à uns meses para cá que é uma guerra quando o deitamos para lhe trocar a fralda)…

Estar prestes a entrar no carro para seguir rumo ao colégio e ouvir: “Quero fazer xixi!”. (Fez na rua, ele adora, deve sentir-se…arejado! E tenho a certeza que amanhã vai querer repetir. Tem azar, não vou permitir que a excepção faça a regra.)…

Olhar pelo retrovisor e reparar que estão de mãos dadas. (Estão cada vez mais apaixonados um pelo outro, os meus filhos, e é tudo vivido ao extremo, a disputa ao estalo e as pazes aos beijos e abraços. E o mais velho virou advogado de defesa do mais novo.)…

Despedir-me de cada um com muitos beijinhos na boca e dizer-lhes que os amo… (pois, aqui também se dá beijos na boca)…

Trabalhar…

Receber o telefonema habitual do marido a meio da manhã! …Blá, blá, blá…Como é que ficaram os meninos? Esta noite enfiaram-se os dois na nossa cama…Quando me levantei, olhei para a cama e nem consegui perceber onde é que estavas…blá, blá, blá…

Trabalhar…

Almoçar no japonês com 3 colegas-gajas…Óuó!...

Trabalhar…

Escrever um post…Já não actualizava o blogue à uns dias. Tenho andado sem inspiração. (Umas nuvens que já se foram, mas que me fizeram andar triste. Existem pessoas que gostam de se imiscuir na vida dos outros, mas que aos poucos serão postas no seu lugar!)...

Correr para casa…

Um beijo a cada um dos homens…

Um jantar feito por mim… (e penso, para mim mesma, que estou cada vez melhor e mais desenrascada na cozinha, até dá gosto!)

Jantar…

Arrumar a cozinha…

Dar banho ao mais novo…

O pai já deu ao mais velho…

Adormecer os dois filhotes…

Por a conversa em dia e namorar com o mesmo namorado de à quase 15 anos (eu ainda não tenho 30…façam-lhe as contas!)

E só desejo que para o ano, seja igual!

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2/08/2007

Viro Onça!


O parque onde fomos no outro dia fica numa zona calma e nunca tem muita gente.

Quando chegamos não estava ninguém, pouco depois chega uma senhora com uma criança que presumi ser sua neta.

Eu segurava o Henrique num baloiço e o Rodrigo estava na outra ponta do dito parque. Eu via-o perfeitamente e como o parque é vedado, estava em segurança.

Às tantas a menina aproxima-se de um pequeno chafariz e o Rodrigo também, prepara-se para abrir a água e a senhora dispara em tom exaltado: "Não a vais molhar pois não?!" "A ti a até te podes encharcar todo, agora a ela não a molhas"….

Imediatamente agarrei no Henrique e comecei a dirigir-me para perto do Rodrigo de olhar fixo na dita senhora. Devo ter cara de má, a senhora olhou para mim, calou a matraca e deu "meia volta aos cavalos" com a menina. Ajudei o meu filho a beber água e continuei a olhar para ela. Não se atreveu sequer a dirigir mais o olhar para nós. Se não teria de lhe explicar, que ao contrário dela, o meu filho tem educação e que a intenção dele, de certeza, não era molhar a menina. Explicava-lhe também que não é assim que se fala com uma criança.

Como o meu filho estava distanciado de nós, a dita senhora, deve ter achado que estava sozinho e, assim, seria o alvo perfeito para descarregar as suas frustrações…Enganou-se, mas deixou-me a pensar que existem mais pessoas assim e que as crianças nem sempre têm quem as proteja…

Se tentam magoar os meus filhos viro onça!

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2/07/2007

Acho que vou ser pai!

Se o pequenino chora a meio da noite, aproveita a viagem até à cozinha, com o objectivo de preparar um biberão, e acaba com o chouriço e com o pão…

…Vai ao super-mercado com o objectivo de comprar pão. Sai de lá com pão, uma caixa de sortido e bombocas.




Lembram-se delas?!

Eu de cada vez que abro a despensa fico a olhar para as desgraçadas e elas a olharem para mim e…Até tenho sido forte, ainda só comi uma. Sou gulosa, mas se não tiver muita tentação em meu redor, não sinto necessidade, agora assim à mão de semear…Assim não há condições!

A sorte dele é que não lhe dá para engordar se não já rebolava…

Isto são ou não sintomas de quem espera?!

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2/06/2007

Isto dos blogs...

Ou deverei dizer da Internet já me permitiu conhecer pessoas com quem me identifico, nem que seja, por partilhar de algo comum, a maternidade.

A maior parte não passa de um conhecimento virtual, ainda assim, partilho das suas felicidades, receios e momentos menos bons e o inverso também acontece. As opiniões e experiências destas pessoas muitas vezes me têm ajudado a ter uma ideia mais clara sobre determinados aspectos. De algum modo, fazem parte da minha vida.

A semana passada, conheci alguém com quem já "falava" à perto de 3 anos. Alguém que admirava pela frontalidade, pela simplicidade, bom humor, clareza e garra que transmite no que escreve. E…fiquei a admirar ainda mais. Principalmente pelo positivismo, pela alegria de viver, mesmo perante as contrariedades que tem surgido no seu caminho.

Gostava de conseguir seguir o seu lema: "sejam gozões com o azar e não deixarão que o azar goze convosco".

E para além de tudo isto, já me tinham dito, mas de facto ela tem uns olhos!...

A repetir, Ana, sem duvida!

2/05/2007

Soube tão bem

Na sala do mais velho convidaram os pais para um atelier: construir fantoches que serão utilizados num teatro que será realizado pelos meninos.

Na 6ª feira saí do trabalho à hora de almoço e fui directo ao colégio. Cheguei à sala onde a Educadora lhes contava uma história, logo o meu filhote se veio instalar no meu colo e finda a história a Educadora disponibilizou os materiais e começamos a elaborar o nosso fantoche. Uma colher de pau que ganhou uns belos olhos verdes e uns lábios vermelhos carnudos, recortados pelo seu autor. Uns trapos que deram origem a uma blusa e saia, pauzinhos a fazer de braços, lã como cabelo e voilá! Foi baptizada de Rita.

Seguiu-se o lanche. Às 16h00 fomos buscar o mano à sala e fomos até ao parque.

Soube tão bem esta tarde!

Estranhei de 23 crianças só lá estavam duas mães, eu e a mãe de outra menina.
Foram disponibilizados 3 dias e 3 horas diferentes como opção. No 1º dia ninguém foi, eu fui no 2º dia. Infelizmente, duvido que os restantes pais vão todos no 3º dia…


Adenda: Acredito que muitos pais não foram porque não tiveram possibilidade. Mas acredito igualmente que muitos não estiveram porque não acharam importante…
A mim também me custou pedir a tarde no trabalho, até porque tenho faltado muito quando o pequenino adoece, não almocei para deixar tudo em ordem…Mas sinto que esta tarde foi importante para o meu filho e eles são a minha prioridade, se não proporcionar estes momentos agora, se não estiver agora, o mais possível, presente na vida deles, quando estarei?!...
Eu costumo deixar os meus filhos no colégio por volta das 8h15, para conseguir estar às 9h00 no trabalho, às 17h00 o pai vai buscá-los. Mas existem pais que deixam as crianças, já perto das 10h00 no colégio e que às 16h30 já lá estão para os ir buscar. Seria um grande esforço chegar 2h00 mais cedo nesses dia?! Talvez, só eles é que sabem…

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