Filhos e Companhia

O presente, um pedacinho do passado, os sonhos e desejos do futuro de uma família em crescimento...

1/22/2008

Eu tenho dois amores que em nada são iguais...

...Como dizia a música e que se adapta tão bem à minha realidade.

De facto um é louro, outro é moreno.

O mais velho é timído e até algo inseguro. Foi um bebé chorão, exigente até ir para o colégio, onde se tornou um come-e-dorme até recentemente ter descoberto que é engraçado ser irreverente à mesa, fazer rir os colegas e destabilizar o grupo no momento da refeição. No entanto, acata ordens com facilidade, principalmente se lhe explicarem porquê. A sua reacção à frustração continua a passar pelas birras, chora, grita, porque sabe que isso resulta com o pai, mas não aplica a mesma estratégia se estiver só comigo e no colégio nem conhecem esta sua faceta. No entanto, tem muita vontade de ser crescido e noto-o orgulhoso do seu papel de irmão mais velho. É muito protector. Eu sou o seu porto-de-abrigo, mas é completamente apaixonado pelo pai. Sorri com facilidade, é extremamente meigo, mas nunca foi muito dado ao toque, resiste aos meus ataques de beijos e amaços (esta minha faceta dava para outro post). É expressivo, muito expressivo, parece que fala com os olhos. Os seus olhinhos negros e muito vivos, sempre foram uma montra de sentimentos.

O mais novo é muito seguro de sí a vontade dele tem sempre de imperar, mas reservado. Não distribui sorrisos a quem não conhece, ou tem pouco contacto. Beijinhos só a nós pais e ao irmão, dá-nos beijinhos e mimos com grande facilidade e espontaneidade, mas só a nós e a bebés. Fica fascinado sempre que vê um bebé, neste ponto é semelhante ao irmão. Adora o irmão e toma-o como exemplo, para o bem e para o mal. Adora o pai, mas é completamente apaixonado por mim. Tem muita necessidade de contacto, mais do que dormir connosco, dorme colado a mim. Chega a levantar-se atrás de mim se durante a noite vou à casa-de-banho. Quando chego do trabalho já o pai está em casa com eles e normalmente recebe-me com muitos abracinhos e beijinhos, na cara, nas mãos, onde chega, o que me deixa com o coração a rebentar de tanto amor.

Revejo aspectos da minha própria personalidade em ambos. Também era timída como o mais velho e na transição para a adolescência saí da concha, desabrochei. Agora até falo de mais, pior digo quase tudo o que penso, o que nem sempre é pacífico. Também sou muito transparente, por norma sou uma pessoa sorridente, bem disposta, com um humor algo sarcástico, pelo que não é dificil perceber se estou chateada, triste, ansiosa...Não adianta queixar-me aos meus pais do desgaste que por vezes me causa as birras do mais velho, pois ouço sempre: "quem sai aos seus...". Revejo-me também na preseverança do mais novo, sempre fui obstinada a perseguir os meus objectivos.

Também não sei de qual deles gosto mais...Só sei que os amo profundamente, que são o meu maior orgulho e realização, a minha vida.

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1/07/2008

Confesso

Que esta época (ou a que passou), ou seja, o Natal, Ano Novo, me deixa um pouco angustiada...

Montamos a árvore de Natal logo no primeiro fim-de-semana de Dezembro, colocamos luzes na varanda, um sino iluminado na janela (ainda não foi este ano que iluminamos o pequeno pinheirinho que temos plantado no quintal)...Todos estes "rituais" me aquecem o coração, mais que não seja, por ver os meus filhos felizes, quase deslumbrados, a viver a magia do Natal. E apesar de tentar esconder de mim este sentimento, a verdade é que fico sempre um pouco angustiada...Não sei se porque foi no dia de Natal que há 4 anos me despedi sem saber de uma das pessoas mais importantes da minha vida - a minha avó, se foi porque também foi nesta altura que soube que a minha 1ª gravidez não iria adiante, não sei...Só sei que a urgência própria da época me deixa angustiada. A urgência da compras das prendas, de definir os pormenores da consoada e dia de Natal, depois o dia de Ano Novo em que somos quase obrigados a formular desejos, definir resoluções, e festejar... Uma vez que a passagem de ano foi em nossa casa, passada a 4, digamos que os festejos foram muito tranquilos, e não fosse a ementa um pouco mais sofisticada e o facto de nos deitarmos mais tarde, diria que foi um final de dia como quase todos.

A verdade é que para mim o dia 02 de Janeiro é quase um alívio...Já para não falar que esta época é quase sempre regada com muita chuva e frio que só por si me deprime...

Votos de felicidade para mim, para os meus e para que gosto faço-os durante todo o ano.

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