Filhos e Companhia

O presente, um pedacinho do passado, os sonhos e desejos do futuro de uma família em crescimento...

7/28/2009

Companheiros desta vida...

Eu preferia um grande aquário cheio de peixes tropicais com cores exóticas mas, do lado de lá da janela do escritório, onde passo a maior parte dos meus dias, vejo muitos pombos. Não sou fã de pombos mas, é engraçado vê-los fazer ninho na primavera e até torço para que quem rega as plantas não os descubra pois a ordem que têm é para retirar.
A semana passada tinha, também, uma osga coladinha na ombreira da janela a espreitar cá para dentro...Não me aflige e até tirei uma foto da criatura para a posterioridade mas, dispensava a visita.




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7/24/2009

Primitiva

Numa conversa de corredor/café com duas colegas, uma delas grávida e ambas defensoras acérrimas da cesariana programada:

Depois de comentar qual o hospital onde está previsto ocorrer o parto, a grávida recebeu indicações por parte da outra colega, (que pelos vistos lá tinha tido os filhos), que durante a noite deveria exigir que levassem a criança para o berçário, afinal é um hospital particular e há que usufruir das comodidades. A grávida dizia que estava farta de estar grávida... a outra, dizia que tinha dois filhos e que não fazia intenções de ter mais pois, detestava estar grávida, que se tinha recusado a amamentar, pois achava tudo isso muito primitivo.

Eu...meia (completamente!) fora de contexto lá admiti que se fosse rica tinha uma dúzia de filhos, que adoro estar grávida, que foi um suplicio o tempo que estive separada dos meus filhos depois de parir e enquanto estive no recobro, que...amamentei até aos 22 meses e que os primeiros biberons que lhes dou me sabem sempre a derrota, a nostalgia...Admiti portanto que sou primitiva!

Lembrei-me de ti e daquela conversa que tivemos sobre as mães dos babyblogs que vivem a maternidade desta forma...primitiva (como diz a outra).

Pergunto-me como terão concebido as crianças pois, o mais provável é que achem o "método tradicional" demasiado primitivo.

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7/21/2009

O Sotão...







Digamos que, romântico, não é a palavra que melhor define este espaço...

Mas mágico, deve ser. Parece que os brinquedos se multiplicam por lá...Está sempre cheio de tralha, por mais que se deite fora sacos e sacos de carros sem rodas, jogos onde faltam peças...

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7/17/2009

3 anos e quase 10 meses...

...Ou seja, quase 4 anos (já?!).

O meu miúdo mais pequeno está giro, muito giro.

Já tem traços de rapazinho mas, mantém umas bochechas que dá vontade de trincar.
Continua muito apegado a mim. Ainda gosta de se enroscar no meu colo, de dormir comigo, dá-me mimos...Quando nos chateamos fica muito sentido, diria mesmo ofendido.

Adora o irmão, brincam imenso e num geral dão-se muito bem. O irmão defende-o, protege-o e ele imita-o em tudo. Também existem discórdias, arrufos e "cacetes".

Tem uma personalidade muito vincada. É orgulhoso, muito orgulhoso. Com ele ninguém "faz farinha". Tem ataques de fúria e enquanto não se sente vingado não desiste. A última tem de ser dele. Os ataques de fúria variam entre o violento e o cómico e perante os últimos, muitas vezes, o irmão perde-se de riso e nem se defende. Já ele, não suporta que se riam dele.

Troco alguns e-mails com a Educadora dele. Mais do que Educadora do meu filho, considero-a uma amiga. No outro dia, em resposta a um e-mail meu, ela dizia: "O Henrique não é conflituoso mas, não gosta que perturbem a sua calma. É claro que isto seria pacífico se ele tivesse 30 anos mas, aos 3 deixa marcas". Isto porque, volta e meia lá vem a notícia que ele bateu no X ou no Y.
Na última reunião da sala reparámos nos vários cartazes afixados em que cada criança descrevia
os respectivos pais. O dele era o seguinte:


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7/10/2009

Dias

Na maior parte dos dias corro sem me cansar...Ou seja, entro em piloto automático e despacho "alegremente" as várias fases do dia-a-dia.

Começo cedo, antes das 7h00 da manhã. Preparo o pequeno almoço dos miúdos, ajudo-os a vestir, deixo qualquer coisa a descongelar para o jantar, por vezes, ainda estendo roupa e saímos. As manhãs são normalmente regadas com birras, as criaturas acordam invariavelmente com mau feitio. Depois de os deixar no colégio com muitos beijinhos e recomendações sigo até à estação onde deixo o carro e corro (muitas vezes literalmente) para o comboio e lá entro eu esbaforida e descabelada um nanossegundo antes de as portas fecharem. Depois tenho 20 minutos para descontrair, apreciar a vista do Tejo ou ler mais umas páginas de um livro ou de uma revista colorida. Depois de sair do comboio ainda tenho mais 15 minutos entre metro e percurso a pé até chegar ao escritório.

Espera-me um dia cheio de timmings a cumprir, mapas e relatórios a enviar aos senhores do outro lado do mundo, conference calls, que é como quem diz reuniões ao telefone e muitas outras solicitações. Há dias em que o meu coração palpita ao ritmo dos "alarmes de calendário". Nesta fase, tudo é novo ainda, o que por um lado é bom, muito bom, por outro é angustiante e causa-me alguma (muita!) ansiedade.

Depois de terminar o dia de trabalho é correr em sentido contrário. 15 minutos a pé, dizem que faz bem ao coração e sempre ajuda a digerir as muitas bolachas ingeridas. 20 minutos de comboio. 15 minutos de carro. Passar pelo supermercado e comprar o que falta para o jantar.

Finalmente em casa, já estão de banho tomado e a mesa preparada. "Beijinho, beijinho, como foi o dia?" Apanhar roupa. Fazer nova máquina. Preparar jantar. Arrumar a cozinha, (tarefa partilhada). Lavar dentes. 20 minutos entre, história, mimos e conversa em dia. Hora de dormir (deles).

Preparar as roupas para o dia seguinte, as deles e as minhas. Verificar mochilas e cadernos de comunicação.

Hora de tratar da minha higiene e ver um bocadinho de televisão, ou simplesmente por a conversa em dia.

Ao fim-de-semana, raramente fazemos refeições em casa. Aproveitamos para brincar, passear e descansar mas, também para preparar a logística para a semana. Muitas máquinas de roupa, lavadas, estendidas e apanhadas. Passar alguma roupa. Faço as sopas para a semana. Camas feitas de lavado. Tapetes sacudidos e chão aspirado (dos 3 pisos). Sendo que as divisões não são grandes e são amplas a tarefa é facilitada até porque é superficial. Na 3ª feira, por artes mágicas, quando chegamos encontramos a casa, limpa, arrumada e cheirosa e...2 cestos de roupa para arrumar, que é como quem diz, temos uma ajuda nesta nossa logística.

Ás vezes, lá me permito pequenos "luxos" e durante a hora de almoço vou "arranjar" as mãos ou, vou ao cabeleireiro. A semana passada aproveitei a tarde de 6ª feira livre e fui "arranjar" os pés...arrependi-me. Já não o fazia há tanto tempo e percebi porquê: porque demora séculos! Ou se calhar demorou séculos porque os pés estavam num estado lastimável. As pessoas que vejo sempre de cabelo e unhas impecáveis têm uma gestão de tempo mais inteligente que a minha, só pode!

Na maior parte dos dias corro sem me cansar...Mas, também tenho dias que me sinto nas últimas, em que não corro, arrasto-me, em que tudo me demora mais tempo, em que a paciência foge para sítio incerto...

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7/01/2009

Primeiras Vezes

Fui convocada para uma formação em Oxford e decidimos aproveitar o facto de ser uma 5ª feira para passarmos um fim-de-semana diferente. Fomos os 4.

Faz hoje uma semana estávamos a aterrar em Heathrow. Foi a nossa primeira vez no UK e a primeira viagem deles de avião.

Desde que souberam que iam, que andavam eufóricos. Especialmente o mais velho, que levou o seu tempo a acertar no nome do país. Baralhava-se e dizia que ia para a Austrália, pois tem um colega que fala Inglês, é Australiano.

No avião não se calavam, tal era a excitação. O mais novo gritava: "Estamos a voar, estamos a voar!" e claro toda a gente se ria...

Eu levei muita roupa para o frio e alguma de meia estação mas, o tempo trocou-me as voltas. Estavam 24º / 25º graus, dias bonitos e com sol.

Oxford é uma cidade muito bonita. Pitoresca, jovem e alegre.

Aproveitámos e fomos a Londres. Visitámos a Madame Troussard e demos uma volta pela cidade nos famosos autocarros de 2 andares.

Muito mais haveria para ver, mais tempo houvesse e não estivéssemos nós a arrastar 2 miúdos que nem sempre colaboravam. O mais novo definitivamente reage mal à quebra de rotina e já se revelava saturado da curta estadia. O mais velho é uma óptima companhia não fosse, volta e meia, destabilizar em solidariedade com as fitas do mais novo.

Voltámos no final do dia de Sábado cansados mas, felizes.



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