Filhos e Companhia

O presente, um pedacinho do passado, os sonhos e desejos do futuro de uma família em crescimento...

9/12/2005

Dependências!


Tinha 25 anos, quando o Rodrigo nasceu, e ser mãe era um desejo muito forte. Tinha e tenho outras ambições, mas nenhuma tão forte como esta! Analisando bem, parece que todo o percurso foi talhado com o objectivo de alcançar este sonho. Terminei a licenciatura com 21, comecei logo a trabalhar, não no que almejava, mas ia “agarrando” o que aparecia e lutava sempre por algo melhor, casei com 23, engravidei com 24.

Sempre fizemos planos de futuro sem contar com ajuda, ou apoio de ninguém e ter um filho não foi excepção. As primeiras semanas do Rodrigo não foram fáceis, depois de 9 dias de internamento e várias complicações com a episiotomia, a médica que me deu alta na maternidade, sentenciou: “vai para casa, mas espero que tenha quem a ajude, não está ainda em condições”…Claro, fiquei sozinha a partir do 2º dia quando o pai começou a trabalhar. De noite não se dormia, o tesouro tinha os sonos trocados, de dia também não, o tesouro tinha cólicas, então, lá passava os dias, a dar de mamar, trocar fraldas, não descurando as várias roupas de máquina a que um recém-nascido nos obriga e tudo o resto que implica manter a casa minimamente em ordem. Comia quando dava, banho só quando o Pai chegava a casa e tinha de ser bem rápido que um Pai inexperiente, stressa com facilidade e o meu pazinho é stressado por natureza! Recebia milhentos telefonemas da minha Mãe, que na altura tinha a dela no hospital e se dividia entre o trabalho e a assistência que a minha Avó precisava.

A 1ª vez que entregamos o Rodrigo, foi aos 4 meses e meio quando comecei a trabalhar e ele foi para o colégio, passei duas tardes com ele no berçário e isso deu-me segurança, ver as rotinas dos bebés, os cuidados que educadora e auxiliares tinham…Hoje tenho um carinho especial por elas, nasceu de ver o Rodrigo procurar o colo delas quando chega de manhã e receber beijinhos e miminhos, saber que fica bem, que a separação à muito, não é uma angústia.

Estes 32 meses, têm sido uma experiência tão boa, que superou qualquer expectativa que tivéssemos…Tão boa, tão boa, que estamos quase a repetir e…não queremos ficar por aqui! Mesmo nas primeiras semanas, nos raros momentos de pacificidade, olhava para aquela carinha “laroca” e dizia: “ainda bem que tens mau feitio, se não tinha já 10 iguais a ti”…

Em 32 meses, não saímos uma única vez sem ele e…Não temos vontade, ou necessidade de o fazer! Talvez não seja saudável, talvez seja uma dependência, mas é assim que nos sentimos bem, completos...

Pois é pazinho, estamos quase outra vez, vamos deixar as pressas, continuar a colaborar como até aqui, mas com mais calma! Continuamos a ser só dois, agora com mais experiência, mais prática, e com dois rebentos, a exigir a mesma atenção às diferentes necessidades.


P.S. - Parágrafos, já são uma conquista, para este blog... Agora até temos espaços a mais!



4 Comentários:

  • Às 3:11 da tarde , Blogger Jolie disse...

    Gostei!

     
  • Às 10:23 da tarde , Blogger LP disse...

    Tá tão quase...

    Beijinhos grandes

     
  • Às 8:22 da manhã , Blogger Fitinha Azul disse...

    Olá sandra, acredita que aqueles medos e stresses do 1º filhote não existem com o 2º, temos uns 1ºs dias muiiito mais calmos...
    Beijinhos
    http://fitinhazul.blogspot.com/

     
  • Às 7:21 da tarde , Blogger Diana disse...

    Olá Sandra,

    gostei muito das tuas palavras.

    É tudo verdade, o stress de cuidar de um bébé pela primeira vez é muito grande, tentar saber porque choram, as noites mal dormidas, organizarmos a nossa vida, etc....

    Mas acredito que quando temos um segundo filho tudo se torna mais fácil, apesar de cada criança ser uma criança!

    Obrigada pelas palavras que deixaste no meu blog!

    Beijocas grandes

    Diana e Beatriz

     

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