Os Filhos dos Outros
A propósito de algo que li recentemente...
O Rodrigo é, acima de tudo, uma criança muito inteligente, doce e afectuosa, no colégio descrevem-no como muito bem comportado e "charmoso", principalmente quando a ementa não é do seu agrado, desdobra-se em abraços e beijinhos no intuito de se escapar ao almoço! No entanto tem ideias muito próprias e não é fácil de dissuadir.
Não é rara a ocasião em que num restaurante ou centro comercial temos de andar a correr atrás dele, foge que nem uma enguia e por isso muitas vezes temos de agarrar nos seus "modestos" 18 kg e transportá-lo ao colo e aí é vê-lo a espernear e já existiram ocasiões em que nos levantou a mão e outras mais raras em que a mesma nos assentou no corpo.
Nestas ocasiões, fazemos uma visita à casa-de-banho do local, não com o objectivo mais lógico, mas por ser um local mais recatado, e explicamos que tem de se acalmar, que não pode bater no pai e na mãe, pois nós também não lhe batemos, que não se está a portar bem e nos está a deixar tristes, etc, etc... e lá regressamos com a "fera" mais calma!
Estas cenas vão sendo cada vez mais raras, pois o nosso menino está a chegar aos 3 anos e está a ficar um homenzinho, mas quando acontecem, algo que me deixa realmente irritada é os olhares de algumas pessoas que regra geral têm o seu colo vazio, ou seja, não estão acompanhadas de crianças, ou não as têm realmente, ou têm com quem as deixar.
Nós não temos a quem os entregar, fora do horário de expediente, o que no entanto, também não nos tem atrapalhado em nada!
Consigo ler nesses olhares:"que horror!"..., "Que mal comportado!"..., "Comigo já estavas com uma palmada"!, "A culpa é dos pais!"
Que criança de 2/3 anos, NUNCA, fez uma birra, nunca levantou a mão aos pais?!
A estas pessoas, respondo normalmente com um olhar directo e com um sorriso nos lábios e jamais lhes darei o gosto de verem os meus filhos levarem uma palmada!
Acho que uma palmada ao de leve, às vezes, é necessária, mas definitivamente não por regra e nunca à frente de terceiros, pois a humilhação não é benéfica para a auto-estima que se quer elevada. Defendo acima de tudo o diálogo, o explicar o porquê e o porque não, o errado e o correcto e acima de tudo valorizar tudo o que faz de positivo.
O Rodrigo é também bastante sociável, não é de bater em outras crianças, mas farei questão de lhe passar a mesma ideia que os meus pais me transmitiram: "Não quero que batas em nenhum colega, mas se te baterem, é teu dever que te defendas!"
Não me esqueci disto, sempre me senti perfeitamente integrada, respeitada. E nos mais diversos aspectos da minha vida, pessoal e profissional, sou bastante cordial e respeito imenso os outros, mas não ousem "passar por cima" de mim.
É esta forma de ser e de estar que me tem permitido alcançar os meus objectivos, pessoais e profissionais e conquistar a minha posição, o carinho de muitos e o respeito de outros.
Sei que os meus pais têm orgulho em mim, o mesmo que tenho e vou ter sempre nos meus filhos.
P.S. - Por qualquer motivo, só ás vezes consigo colocar parágrafos!
O Rodrigo é, acima de tudo, uma criança muito inteligente, doce e afectuosa, no colégio descrevem-no como muito bem comportado e "charmoso", principalmente quando a ementa não é do seu agrado, desdobra-se em abraços e beijinhos no intuito de se escapar ao almoço! No entanto tem ideias muito próprias e não é fácil de dissuadir.
Não é rara a ocasião em que num restaurante ou centro comercial temos de andar a correr atrás dele, foge que nem uma enguia e por isso muitas vezes temos de agarrar nos seus "modestos" 18 kg e transportá-lo ao colo e aí é vê-lo a espernear e já existiram ocasiões em que nos levantou a mão e outras mais raras em que a mesma nos assentou no corpo.
Nestas ocasiões, fazemos uma visita à casa-de-banho do local, não com o objectivo mais lógico, mas por ser um local mais recatado, e explicamos que tem de se acalmar, que não pode bater no pai e na mãe, pois nós também não lhe batemos, que não se está a portar bem e nos está a deixar tristes, etc, etc... e lá regressamos com a "fera" mais calma!
Estas cenas vão sendo cada vez mais raras, pois o nosso menino está a chegar aos 3 anos e está a ficar um homenzinho, mas quando acontecem, algo que me deixa realmente irritada é os olhares de algumas pessoas que regra geral têm o seu colo vazio, ou seja, não estão acompanhadas de crianças, ou não as têm realmente, ou têm com quem as deixar.
Nós não temos a quem os entregar, fora do horário de expediente, o que no entanto, também não nos tem atrapalhado em nada!
Consigo ler nesses olhares:"que horror!"..., "Que mal comportado!"..., "Comigo já estavas com uma palmada"!, "A culpa é dos pais!"
Que criança de 2/3 anos, NUNCA, fez uma birra, nunca levantou a mão aos pais?!
A estas pessoas, respondo normalmente com um olhar directo e com um sorriso nos lábios e jamais lhes darei o gosto de verem os meus filhos levarem uma palmada!
Acho que uma palmada ao de leve, às vezes, é necessária, mas definitivamente não por regra e nunca à frente de terceiros, pois a humilhação não é benéfica para a auto-estima que se quer elevada. Defendo acima de tudo o diálogo, o explicar o porquê e o porque não, o errado e o correcto e acima de tudo valorizar tudo o que faz de positivo.
O Rodrigo é também bastante sociável, não é de bater em outras crianças, mas farei questão de lhe passar a mesma ideia que os meus pais me transmitiram: "Não quero que batas em nenhum colega, mas se te baterem, é teu dever que te defendas!"
Não me esqueci disto, sempre me senti perfeitamente integrada, respeitada. E nos mais diversos aspectos da minha vida, pessoal e profissional, sou bastante cordial e respeito imenso os outros, mas não ousem "passar por cima" de mim.
É esta forma de ser e de estar que me tem permitido alcançar os meus objectivos, pessoais e profissionais e conquistar a minha posição, o carinho de muitos e o respeito de outros.
Sei que os meus pais têm orgulho em mim, o mesmo que tenho e vou ter sempre nos meus filhos.
P.S. - Por qualquer motivo, só ás vezes consigo colocar parágrafos!
8 Comentários:
Às 2:20 da tarde , Charilas disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Às 2:41 da tarde , Flores disse...
Subscrevo. Tb ñ sou defensora da palmada educativa. E qto aos olhares: há tts coisas q afirmamos solenemente q nunca iremos fazer e q dps acabamos por fazer. Só a título de curiosidade: logo no primeiro dia q trouxemos o bebé para casa ele chorava desconsolado no berço e nós sem percebermos o q ele tinha, logo o agarrámos e «embrulhámos» ao pé de nós, na nossa cama. Remédio Santo. E nós só uns minutos dps percebemos qual o problema dele.
Um mês antes teríamos dito: bebé na nossa cama, nunca. Ah, pois não!!!
Às 3:02 da tarde , XanaA. disse...
Ao descreveres o Rodrigo, parecia que estavas a descrever a M. :) A M. é mais novinha, mas já vou notando nela muitas melhorias em termos de comportamento, embora continue uma "enguia". :) Já se faz entender melhor e já nos entende melhor, o que facilita muito que não se sinta frustrada e faça birras.
A M. não é muito de fazer birras porque quer algo; é mais do género "querer andar por onde bem lhe apetece"... O que, por vezes e como tão bem sabes, é difícil de gerir.
Quanto aos olhares das pessoas, por vezes também os há, mas já me incomodaram mais do que agora.
Bjs
miminhos
de pano
flor de leite
Às 7:31 da manhã , Smas disse...
As birras!
Tema que dá pano para mangas.
O meu poucas vezes fez birras fora de casa e quando as fazia o remédio era acabar o paseeio e ir para casa, e esse castigo ele não gostava.
A palmadinha pedagógica, também achava que não ia fazer mas acabei por recorrer a ela algumas vezes.
Os olhares já deixei de ligar e até sorrio às mamãs que estão a passar por esse tipo de situação e têm um ar desesperado.
O fugir, o meu fez 2 vezes, a segunda estava com uma amiga que ele não conhecia e que o seguiu sem ele perceber. Eu não fui atrás dele e quando percebeu isso fartou-se de chorar. A minha amiga telefonou-me e fui ter com ele. Nunca mais fugiu.
Desculpa o testamento.
Beijinhos
Às 3:06 da tarde , LP disse...
E tanto havia para dizer sobre este assunto (tu disseste muito bem).
Quem é que, antes de ter filhos, não argumentou (ou pelo menos pensou) sobre os filhos dos outros? Esses olhares já não me incomodam...
Ontem o João decidiu chorar (era mais gritar) desalmadamento num restaurante. Peguei-o ao colo e olhei em volta. A maior parte dos adultos estavam com crianças e a olhar para a mim a sorrir. Sim, a sorrir, e eu senti-me compreendida.
Beijinhos
Às 5:03 da tarde , Ana F. disse...
Uma criança que não faz birras em idade de as fazer, fá-las à mesma mas mais tarde!
É preferível que as faça em idade própria, não?
Mal dela, e mal de todos se assim não for!
Às 5:51 da tarde , Jolie disse...
Nem é preciso dizer mais nada!
Está tudo dito... e bem!
Um beijinho
Às 7:25 da tarde , Páginas escondidas disse...
Eu ignoro as birras... mas qd não dá levo-lhe para outro sitio para o fazer vêr q não está agir correctamente..
não sou adepta das palmadas em publico.. mas em casa... as vezes tem que ser...
é unica maneira.. e ele acalma, e não volta a fzer!!
Beijokas
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