Filhos e Companhia

O presente, um pedacinho do passado, os sonhos e desejos do futuro de uma família em crescimento...

11/30/2005

Xaiu?!

O Rodrigo andou tanto tempo a fazer festinhas na "baiga" (barriga) da mãe, que agora ainda está um bocadinho baralhado!

R: O mano tá na baiga mãe?!

Eu: Não, filho. O mano, já não está na barriga da mãe, já saiu. Está ali, vês?!

R: Poiz já xaiu!

Eu: Tu também, estavas na barriga da mãe, quando eras muito pequenino!

R: Eu já xai!

Eu: Já, filho.
R: A casa, também xaiu?!

Eu: Não, filho. A casa não saiu da barriga da mãe!

Bom...A verdade é que a casa nos saí todos os meses do "cabedal", mas definitivamente, não da minha barriga!

11/29/2005

O Mano Grande


Sempre que imaginava o momento em que o Rodrigo via o irmão pela primeira vez, ficava emocionada.
Apesar de no primeiro momento não ter associado o bebé ao mano, isso aconteceu quando o "pegou ao colo", foi muito ternurento, deu-lhe muitos beijinhos e trocaram prendas que tinhamos comprado anteriormente.

Sai da maternidade com umas saudades quase doentias do Rodrigo, como se não o visse à meses. Queria ser eu a fazer tudo, dar banho, adormecer... E o Henrique, felizmente, permitia que tivesse disponibilidade para isso. No entanto, notei que inicilmente o Rodrigo se afastou um pouco de mim, queria o pai para tudo e eu era dispensada. Apesar de saber que se tratava apenas de uma fase, devo confessar que inicialmente, esta reacção me fez sofrer um pouquinho. Agora esta situação vai sendo gradualmente ultrapassada e tudo se vai equilibrando.

Com o mano, no entanto, ele sempre se mostrou muito carinhoso. Todas as manhãs e á tarde quando regressa do colégio sauda o mano, com um ar paternal, um sorriso ternurento, e gostoso: "Olá! Bum dia!", que me derrete o coração.

Gosta de ajudar a mudar a fralda e por "peme", ou seja, creme, e nós também vamos incentivando esta ajuda, pois sentimos que se sente valorizado.

Como já referi, o facto de o Henrique ser bastante calminho, também ajudou a que a nossa rotina não se tenha alterado tanto, permitindo que brinquemos com o Rodrigo e que este tenha tanta ou mais atenção que antes.

No colégio a história que mais conta aos amiguinhos, é que o mano bebe leitinho, nas maminhas da mãe. Mas não gosta que os amiguinhos toquem no mano, e subtilmente trata imediatamente de cobrir a cadeirinha com uma fralda assim que os vê aproximar!

Mas no geral esta adaptação tem sido bastante pacífica, salvo este afastamento inicial e umas birrinhas a mais, não notamos grandes retrocessos. Estamos todos mais ricos, temos mais um bebé!

11/28/2005

Ele é...

Lindo!
Aos olhos das mães todos os filhos são lindos e eu não sou excepção. Se o tivesse de descrever numa palavra, seria: Doce! É um verdadeiro docinho!

Nasceu com algum cabelinho, mais claro que o do irmão.
Os olhinhos, também parecem mais claros, bem como o tom de pele...No entanto e no geral, são muito parecidos, principalmente a boquinha e o nariz.

Nestes já quase 2 meses, tem sido frequente enquanto o observo, pensar: já vi esta imagem, esta expressão antes e correr para o album das primeiras fotografias do Rodrigo para confirmar.
Também é grande, na última consulta estava já no percêntil 90 de peso e 75 de altura. 6435 g, era de quanto se queixava a balança na passada 5ª feira.
É muito calminho, só a fome, as cólicas, ou a fralda suja o fazem chorar e quando nenhum destes factores o afecta, só sorri por dois motivos: por tudo e por nada!

Os sorrisos são já acompanhados por arrrruuu, guuuu e outros sons ternurentos.
Quer me parecer que, físicamente talvés seja mais parecido comigo, em termos de temperamento mais parecido com o pai, sorri imenso para toda a gente, parece que já conhece toda a gente de longa data.

Já o Rodrigo é físicamente mais parecido com o pai, mas é de ideas fixas como a mãe, teimoso, as ideias dele têm sempre de vingar, e a frustração resulta em birras monumentais. É sociável mas a sua confiança tem de ser conquistada.

É comilão. Até agora, só bebe leitinho materno e espero que seja assim, pelo menos, até aos 6 meses.

Até ao mês e meio, só adormecia por volta das 2/3 da manhã, e em cima do meu peito. Agora na maioria das noites, já dorme sem interrupções das 23.00 h às 6.00 h da manhã.

Temos ou não motivos para estar babados?!...

11/24/2005

O Parto

Quase a chegar às 40 semanas, o Henrique não mostrava muita vontade de conhecer a sua mãe por fora, o pai e o mano...À excepção de umas leves contracções, uma dor estranha e aguda que me prendia os movimentos das pernas, nada!...

Até que no dia 31 de Setembro quando me preparava para levar o mano ao colégio, reparei que estava a perder o rolhão, nada de especial, pensei, do Rodrigo comecei a perder às 36 e ele só nasceu às 39 semanas. Nessa manhã, assisti à 1ª aula de natação do Rodrigo, babei com o seu sorriso e registei-o em fotos.

Passei a tarde a arrumar o que estava arrumado, troquei a cama do Rodrigo, limpei o que estava limpo e finalmente fui buscar o Rodrigo ao colégio.

Para além do rolhão ia perdendo um pouquinho de liquído, mas muito pouco.

Depois de alguma insistência da futura tia, lá decidi que no final do dia ia até à maternidade...

O pai chegou, fomos jantar fora.

O Rodrigo foi todo contente dormir com a madrinha e o primo e eu tentava conter a vontade de o abraçar com força e controlar o nó que me apertava a garganta e quase me inundava os olhos de lágrimas...Disfarcei bem e acho que ninguém percebeu...

Eram sensivelmente 21.00 h quando chegamos à maternidade, não entramos logo, apetecia-me andar bastante, afinal as contracções eram ainda muito fracas...Andámos (eu e o pai), à volta dos pavilhões da Estefânia, cerca de uma hora falávamos e riamos, até que lá resolvemos entrar e fazer a inscrição. Fui observada, estava com 3 dedos de dilatação, preparam-me, e lá subimos até ao bloco de partos.

Colocaram o soro e perguntaram se queria epidural, disse que não. Uma enfermeira insistia: "Não quer epidural porquê? Depois vai querer e já será tarde"...

A dilatação seguia lenta, cerca de 1cm de 2 em 2 horas. A conversa com o pai foi esmorecendo à medida que as horas passavam e às tantas, já dormia eu e o pai todo torto.

Às 6.00 h da manhã, o enfermeiro informou que iriam administrar ocitocina para acelerar a dilatção e todo o processo de parto e aí decidi que se ainda fosse possível queria epidural, a ocitocina provoca contracçoes muito fortes...Ainda estava a tempo e administraram epidural. Cerca das 8.00 h comecei a sentir a cabeça do meu bebé a pressionar bastante no fundo, toquei a campainha e logo apareceu a médica para a qual a obstetra que me assistiu na gravidez me recomendou para consulta de referência e me transmitia por isso bastante confiança...A médica confirmou que era a cabecinha do bebé e que estava finalmente na hora!

Fiz força 3 ou 4 vezes sem qualquer resultado, o bebé estava "preso" no osso pélvico, até que a médica pediu os forcéps à enfermeira e eu quase entrei em desespero. O enfermeiro que estava à minha cabeceira, resolveu fazer uma última tentativa e enquanto eu fazia força, pressionou sábiamente o braço sobre a minha barriga e o meu bebé começou finalmente a passar... mais 3 puchões e tinha uns pezinhos lindos à frente do meu nariz e aí já não fui capaz de me conter e ás lágrimas surgiram...Não chorei de dor, nem de alívio, chorei de emoção e felicidade!

Mostraram o meu bebé, mas muito de fugida. Fizeram a recolha de células e lá me levaram para o recobro, onde comi com grande satisfação um pão-de-Deus, tão duro que se acertasse na cabeça de alguém certamente causaria danos, um pacote de leite e um pacote de bolachas...

Finalmente deram-me o meu bebé para que o amamentasse, à semelhança do irmão, parecia já ter muita experiência no assunto e "pegou" imediatamente! E eu aproveitei para o "namorar",lindo o meu menino, era tudo o que eu tinha sonhado, desejado e muito mais!...

À tarde tive muitas visitas, mas a mais ansiada foi sem dúvida a do meu filhote grande... Ficou um pouco surprendido de me ver ali, no primeiro instante pareceu não associar o bebé que dormia no berço, ao mano que estava na barriga da mãe, e isso só aconteceu quando lhe o colocamos ao colo...

Acabei por levar epidural, os forcéps acabaram por não ser utilizados, e apesar de ter sido necessário episiostomia, está foi bem pequena e cicatrizou rápidamente. A médica foi excepcional, bem como toda a equipa e o "tal" enfermeiro merece a minha gratidão eterna apesar de não ter tido oportunidade de lhe dizer...

11/23/2005

1 de Outubro de 2005

Já somos 4!

O Henrique nasceu ás 8.25, com 3550 g, 50.5 cm e é lindo!

Foi esta a mensagem que chegou a alguns telemóveis neste dia...