Já passaram quase 4 anos...
Passado 39 semanas a imaginar como seria, a sonhar com o dia que o teria finalmente nos meus braços comecei a sentir contracções na noite de 28 de Dezembro de 2002. Durante a madrugada as contracções surgiam com intervalos de 20 minutos, às 2 da manhã eram tão fortes que acordei o pai que deve ter pensado que ainda não estava na hora e como eu não quis ir para a Maternidade, voltou a adormeceu. Eu também tentava dormir no intervalo das contracções.
Ás 8h00 da manhã não aguentei mais acordei novamente o pai e fui acordar o meu irmão que tinha na altura 10 anos e tinha passado esse fim-de-semana connosco. Estranhou que o acordasse tão cedo a um Domingo, quando lhe disse porquê saltou da cama como "um tiro". Disse-lhe que se podia vestir com calma, mas disse-me que não que "agora queria era vê-lo cá fora"! Arrumei as camas vesti-me e lá fomos para a Maternidade.
Quando a enfermeira me observou, disse que já tinha quase três centímetros de dilatação e que ia ficar internada.
O pai sempre disse que não ia conseguir assistir ao parto e eu também dizia que quando o momento chegasse queria estar sozinha, não precisava de ninguém e que a presença dele só me ia enervar. Quando estava no quarto no processo de dilatação, ele apareceu com uma bata azul e disse: "não sei porquê, mas quero estar aqui..." e lá ficou a fazer-me rir apesar das dores. Esteve sempre ao meu lado e hoje acho que a sua presença me transmitiu muita confiança.
Muitos toques depois, por volta das 15h30, a médica achou que a dilatação estava completa e que tinha chegado a altura de fazer força.
Fiz força, muita forças, uma, duas, três vezes e nada. Até o pai já fazia força e apertou-me a mão exactamente onde momentos antes me tinham tentado sem sucesso colocar o soro e deixado um belo hematoma.
Por mais força que fizesse não conseguia expulsar. O bebé tinha 4 voltas de cordão umbilical enroladas no pescoço. A obstetra teve de utilizar fórceps, rodar e puxar. Nos momentos que antecederam o seu nascimento a médica gritava desesperada: "Enfermeira empurre em cima"...."chamem o pediatra"... Eu achei que algo de estranho se passava, só descansei quando vi o meu bebé de cabeça para baixo todo ensanguentado. Ouvi um choro meio rouco, apoiaram-no por um pouquinho na minha perna e foi a 1ª vez que lhe toquei. Retiraram-no logo de seguida para limpar, pesar, medir e eu olhava para ele na marquesa a poucos cm de mim e só dizia completamente atordoada: "O meu filho, o meu filho"… até que a médica disse: "...é um bom bebé...".
Passei cerca de 1 hora no recobro sem ele. Uma hora que me pareceu uma eternidade. Não tinha coragem de perguntar às enfermeiras que passavam pelo meu bebé, porque em frente a mim estava uma mãe que tinha dado à luz uma bebé prematura de 27 semanas e não fazia ideia se a bebé dela estava bem…
Quando finalmente me entregaram um embrulhinho e o vi moreninho, cheio de cabelinho escuro e com uns olhos de um negro muito definido, vivos e brilhantes, rechonchudinho, lisinho, lindo! Nem acreditava que aquele era meu, finalmente o meu bebé.
Pouco depois estávamos no quarto e recebemos a visita dos avós, dos tios, de alguns amigos. A avó ficou muito espantada e só dizia que o menino parecia já ter uma semana, por estar tão desperto, com um olhar tão vivo, tão "desenxovalhado" como ela dizia.
O Rodrigo Nasceu a 29 de Dezembro de 2002, pelas 16h25 H. A passagem de ano foi na Maternidade. Estivemos 9 dias internados, pois tive uma série de complicações pós-parto, edema, hematomas, tive de ser drenada, tomar antibiótico, nem me conseguia levantar, tinha dores, muitas dores. A única coisa que me alegrava era o facto de só ali continuarmos devido a problemas comigo e não com o bebé.
Já passaram quase 4 anos…
Ás 8h00 da manhã não aguentei mais acordei novamente o pai e fui acordar o meu irmão que tinha na altura 10 anos e tinha passado esse fim-de-semana connosco. Estranhou que o acordasse tão cedo a um Domingo, quando lhe disse porquê saltou da cama como "um tiro". Disse-lhe que se podia vestir com calma, mas disse-me que não que "agora queria era vê-lo cá fora"! Arrumei as camas vesti-me e lá fomos para a Maternidade.
Quando a enfermeira me observou, disse que já tinha quase três centímetros de dilatação e que ia ficar internada.
O pai sempre disse que não ia conseguir assistir ao parto e eu também dizia que quando o momento chegasse queria estar sozinha, não precisava de ninguém e que a presença dele só me ia enervar. Quando estava no quarto no processo de dilatação, ele apareceu com uma bata azul e disse: "não sei porquê, mas quero estar aqui..." e lá ficou a fazer-me rir apesar das dores. Esteve sempre ao meu lado e hoje acho que a sua presença me transmitiu muita confiança.
Muitos toques depois, por volta das 15h30, a médica achou que a dilatação estava completa e que tinha chegado a altura de fazer força.
Fiz força, muita forças, uma, duas, três vezes e nada. Até o pai já fazia força e apertou-me a mão exactamente onde momentos antes me tinham tentado sem sucesso colocar o soro e deixado um belo hematoma.
Por mais força que fizesse não conseguia expulsar. O bebé tinha 4 voltas de cordão umbilical enroladas no pescoço. A obstetra teve de utilizar fórceps, rodar e puxar. Nos momentos que antecederam o seu nascimento a médica gritava desesperada: "Enfermeira empurre em cima"...."chamem o pediatra"... Eu achei que algo de estranho se passava, só descansei quando vi o meu bebé de cabeça para baixo todo ensanguentado. Ouvi um choro meio rouco, apoiaram-no por um pouquinho na minha perna e foi a 1ª vez que lhe toquei. Retiraram-no logo de seguida para limpar, pesar, medir e eu olhava para ele na marquesa a poucos cm de mim e só dizia completamente atordoada: "O meu filho, o meu filho"… até que a médica disse: "...é um bom bebé...".
Passei cerca de 1 hora no recobro sem ele. Uma hora que me pareceu uma eternidade. Não tinha coragem de perguntar às enfermeiras que passavam pelo meu bebé, porque em frente a mim estava uma mãe que tinha dado à luz uma bebé prematura de 27 semanas e não fazia ideia se a bebé dela estava bem…
Quando finalmente me entregaram um embrulhinho e o vi moreninho, cheio de cabelinho escuro e com uns olhos de um negro muito definido, vivos e brilhantes, rechonchudinho, lisinho, lindo! Nem acreditava que aquele era meu, finalmente o meu bebé.
Pouco depois estávamos no quarto e recebemos a visita dos avós, dos tios, de alguns amigos. A avó ficou muito espantada e só dizia que o menino parecia já ter uma semana, por estar tão desperto, com um olhar tão vivo, tão "desenxovalhado" como ela dizia.
O Rodrigo Nasceu a 29 de Dezembro de 2002, pelas 16h25 H. A passagem de ano foi na Maternidade. Estivemos 9 dias internados, pois tive uma série de complicações pós-parto, edema, hematomas, tive de ser drenada, tomar antibiótico, nem me conseguia levantar, tinha dores, muitas dores. A única coisa que me alegrava era o facto de só ali continuarmos devido a problemas comigo e não com o bebé.
Já passaram quase 4 anos…
4 Comentários:
Às 3:56 da tarde , InêsN disse...
4 anos é muito, não é...?
:))
Às 6:25 da tarde , Ana disse...
Olha! nasceu no dia do meu marido!
Todas as dores do mundo valem a pena para termos os nossos filhotes vivos e com saude nao eh?
Às 2:34 da tarde , XanaA. disse...
Adorei o teu post. Deves ter sofrido um bocadinho grande, mas o desfecho foi positivo, isso é que é importante.
Gostei mesmo muito de ler, fiquei emocionada. :)
Quatro anos é uma idade linda, acho que é uma espécie de transição...
Beijocas
Às 3:12 da tarde , Maria disse...
4 aninhos....é tão bom recordar, não é..deve ter sido um momento mágico, como primeiro que foi..
bom natal
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